segunda-feira, 4 de abril de 2011

Júlio Secco

Apenas sete lutadores de jiu-jitsu no mundo todo chegaram ao grau máximo da arte marcial e tornaram-se grandes mestres. Um deles é Júlio Secco, que apesar de ter nascido em Belém do Pará, teve vínculo durante toda a vida com o Rio Grande do Sul e dá aulas em Pelotas desde 1998. Apesar dos 49 anos na modalidade e de ser reconhecido pela International Brazilian Jiu-Jitsu Federation, Júlio optou por exercer a zootecnia como profissão oficial e utiliza a arte marcial apenas como hobby, do qual ele não consegue ficar longe.

Foram 15 faixas até chegar à vermelha - última da carreira - adquiridas aos longo de 40 anos de prática esportiva - começou a lutar com 11 anos. Até vir ao solo gaúcho, quando teve de parar de competir, já que o jiu-jitsu ainda não tinha chegado na região Sul, Júlio disputou mais de cem lutas e garante enfaticamente ter vencido todas.

O grande mestre já recebeu convites para ir aos Estados Unidos onde ganharia um alto salário para transmitir os seus conhecimentos. Porém, optou por uma vida mais pacata, onde pudesse ficar em sua fazenda cuidando do gado e exercendo a profissão de zootecnista, outra paixão de sua vida.

Para não ter de abandonar o esporte que ele considera uma das necessidades básicas de seu dia-a-dia, Júlio optou por ministrar aulas em Pelotas, Rio Grande e Jaguarão. A motivação aumentou quando alguns de seus alunos conquistaram grandes títulos, inclusive o mundial.
                                                                    Antônio Antoniolli
Formador de campeões
Hoje, Júlio é descobridor de novos talentos e instrutor de jovens atletas, dois deles foram campeões mundiais e um foi vice. O grande mestre não pretende aposentar-se tão cedo e atualmente seu principal desejo é ver seus alunos brilhando nas competições por onde passam.

Alguns já tiveram destaque. É o caso  de Guido Cajaty, de Rio Grande, campeão mundial em 2000; Douglas Pithan, também rio-grandino, campeão mundial em 2003 e do pelotense Antônio Antoniolli, campeão do pan-americano de 2007, nos Estados Unidos, e vice-campeão mundial em 2008. No feminino, Secco também treinou atletas que se destacaram fora do país, como a campeã gaúcha e sul-americana Andréia da Costa Nunes.

Como o jiu-jitsu ainda não é modalidade olímpica, o evento mais importante considerado por Júlio é o mundial. Quanto ao segredo de tantos anos na arte marcial, Secco aponta uma vida saudável livre de drogas e com muita disciplina dentro dos ensinamentos do jiu-jitsu. Item, que aliás, ele exige de todos que querem fazer parte de seu grupo. 

FONTE: www.diariopopular.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...